Advogado de família e sucessões: quando consultar e como esse profissional atua

Símbolos de família e um martelo de juiz representando o Direito de Família e Sucessões.
O Direito de Família e Sucessões trata das relações familiares e da transmissão de bens entre gerações. Um advogado especializado pode garantir que tudo seja feito de forma justa.

A atuação do advogado de família é essencial para organizar acordos, prevenir conflitos e conduzir processos de guarda, pensão alimentícia, divórcio e sucessões com segurança jurídica.

Advogado de família: o que faz e quando procurar

O advogado de família orienta e representa pessoas em temas como guarda e convivência, pensão alimentícia, divórcio ou dissolução de união estável, partilha de bens e medidas relacionadas à proteção de crianças e adolescentes. Ele também atua na prevenção de litígios por meio de acordos extrajudiciais e de planejamento familiar e patrimonial.
Quando procurar: ao nascer um conflito, antes de assinar acordos, ao receber uma notificação judicial, ao precisar revisar pensão, ao planejar testamento ou inventário.

Principais frentes no Direito de Família

  • Guarda e convivência: hoje a guarda compartilhada é a regra quando ambos os pais são aptos, sempre priorizando o melhor interesse da criança. A guarda unilateral é reservada a situações específicas. Planalto+1
  • Pensão alimentícia: o valor leva em conta necessidade de quem recebe e capacidade de quem paga, buscando equilíbrio. Revisões podem ocorrer quando mudam as condições. Planalto
  • Alienação parental: atos que prejudicam a relação da criança com um dos genitores podem gerar medidas judiciais, inclusive readequação de convivência. Planalto
  • Divórcio e dissolução de união estável: podem ser consensuais em cartório quando atendidos os requisitos legais, ou judiciais quando há divergências, filhos menores ou outras complexidades.

Atuação em Sucessões

  • Inventário e partilha: definição e divisão do patrimônio de quem faleceu, com verificação de meação e herança.
  • Testamento e planejamento sucessório: documentos que organizam a destinação de bens respeitando a legítima dos herdeiros necessários.
  • Regras centrais: o Código Civil define a ordem de vocação hereditária e quem são os herdeiros necessários. Planalto

Requisitos e documentos mais comuns

Prepare e leve à consulta, se tiver:

  • Documentos pessoais e certidões atualizadas.
  • Certidão de casamento ou prova da união estável, acordo de divórcio anterior e partilhas anteriores, se houver.
  • Certidão de nascimento dos filhos.
  • Comprovantes de renda e despesas relevantes para pensão.
  • Comprovantes de propriedade e dívidas do casal ou do espólio.
  • Relatos objetivos de ocorrências, mensagens, e-mails e demais evidências pertinentes.

Passos práticos: como o processo costuma andar

Em guarda, convivência e pensão

  1. Diagnóstico jurídico: análise do histórico familiar, dos vínculos com a criança e da capacidade financeira de cada genitor.
  2. Tentativa de acordo: definição de rotina de convivência, responsabilidades e valor de alimentos.
  3. Formalização: homologação judicial ou escritura pública quando cabível.
  4. Acompanhamento: cumprimento do acordo, revisões e medidas diante de descumprimento.

Em divórcio ou dissolução

  1. Mapeamento de bens e dívidas.
  2. Definição de guarda, convivência e alimentos quando há filhos.
  3. Escolha da via: cartório quando consensual e permitido pelas regras legais, ou judicial quando houver controvérsia.
  4. Homologação e averbações.

Em inventário e partilha

  1. Levantamento de bens, dívidas e herdeiros.
  2. Cálculo de meação e herança, observando herdeiros necessários. Planalto
  3. Escritura em cartório ou processo judicial, conforme o caso.
  4. Pagamento de tributos e registro da partilha.

Prazos e atenções

  • Inventário: há prazos e multas definidos em legislação estadual de ITCMD. Verifique as regras do seu estado antes de assinar qualquer documento.
  • Acordos: ganham força jurídica quando homologados ou formalizados por escritura pública.
  • Provas: organize documentos desde o início para evitar perdas de prazos e idas e vindas desnecessárias.

Custos públicos e despesas usuais

  • Cartório: emolumentos variam por estado e pelo ato praticado.
  • Tributos: ITCMD em sucessões, além de taxas e custas judiciais quando houver processo.
  • Laudos e profissionais de apoio: psicologia, perícia contábil e outros, se necessários.
    Observação: valores variam por região e complexidade. Solicite orçamento do ato específico no cartório e verifique a tabela estadual.

Riscos e como preveni-los

  • Acordos mal redigidos: podem gerar interpretações diferentes e novos litígios. Prefira documentos claros e completos.
  • Desorganização documental: atrasa decisões e pode afetar o resultado.
  • Comunicação conflituosa: piora a convivência familiar. Registre o essencial por escrito e evite discussões improdutivas.
  • Alienação parental: comportamentos que afastam a criança de um genitor podem trazer consequências legais. Procure orientação cedo. Planalto

Direitos e deveres em foco

  • Pais e mães: dever de cuidado, educação e sustento; direito de convivência saudável com os filhos. Guarda compartilhada pressupõe corresponsabilidade. Planalto+1
  • Filhos: direito à convivência familiar equilibrada e à proteção contra violência física ou psicológica.
  • Herdeiros necessários: descendentes, ascendentes e cônjuge têm proteção legal mínima sobre a herança. Planalto

Exemplos simples

  • Guarda e rotina: pais que moram em cidades diferentes podem organizar convivência equilibrada com base no interesse da criança e na logística viável. Planalto
  • Pensão: perda de emprego ou aumento de despesas do filho pode justificar revisão do valor, sempre com prova das mudanças. Planalto
  • Inventário: quando há testamento, respeita-se a legítima dos herdeiros necessários e distribui-se a parte disponível aos beneficiários indicados. Planalto

Perguntas frequentes

Preciso de acordo para ter guarda compartilhada?

Não. A guarda compartilhada é a regra quando ambos os pais são aptos, mesmo sem consenso, sempre observando o melhor interesse da criança.

Pensão alimentícia tem fórmula fixa?

Não. O juiz considera necessidade de quem recebe e capacidade de quem paga, com base nas provas do processo.

O que caracteriza alienação parental?

São atos que dificultam ou impedem a convivência saudável da criança com um dos genitores, podendo ensejar medidas judiciais específicas.

Quem são os herdeiros necessários?

Descendentes, ascendentes e cônjuge possuem parcela mínima protegida da herança.

Divórcio e inventário podem ser feitos em cartório?

Em muitos casos, sim, quando a lei permite e todos concordam. Há situações que exigem processo judicial. Consulte um advogado para avaliar seu caso.

Conclusão

Contar com um advogado de família e de sucessões traz orientação técnica, previsibilidade de etapas e documentos bem estruturados, o que reduz riscos para você e sua família. Se quiser se aprofundar, leia também os conteúdos relacionados abaixo ou agende uma consulta para avaliar seu caso com segurança.

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